28 de out. de 2011

Meus Sussurros a Estrela

Em matéria de amor
A vida se torna bela neste momento
Me sinto bem ao teu lado
Cada beijo, cada abraço
É como um cobertor quente na neve
É como um doce gostoso na fome
Em um segundo parece que vou delirar
Meu amor por você é como uma explosão
Veio de repente e me queimou inteiro
As vezes me encho de paixão de novo
E novas explosões acontecem
E toda vez me ponho a risca de dizer
Que te amo
Sussurrando em teu ouvido
O grito que meu coração deu
E neste momento de inspiração
Meu peito é espancado violentamente
Por cada batida de paixão
Mas somente meus sussurros em teu ouvido poderão me saciar
E o céu é muito longe para que tu possas me escutar

(por Lucas  Félix Angioletti)






1 de jul. de 2011

Por não conseguir ver

     Era noite. Sua mente dava voltas em torno de si mesma, numa rotação descontínua. Andava devagar, por impossibilidade de fazer diferente.
     Entrou num botequim sujo, caras desconfiadas o fitavam. O mundo havia parado por alguns instantes e ele podia ouvir seu coração batendo. Ela já o esperava.
     Em um olhar ele já estava cego. De repente, se via em um espaço vazio sem ninguém, sem nada: só ela. Seu coração acelerava mais, seu peito esquentava, lembranças queimavam sua visão. Largado em um sentimento forte e negro, que em pouco tempo fez dele um animal. Transformou-o forte por fora e fraco por dentro.
     Sem ver nada e ouvindo apenas ruídos de terror, ele grita. Grita alto na imensidão de seu inconsciente. Os ruídos aumentam, como que para desafiá-lo. Ele responde à altura, usando uma voz que desconhecia e um fôlego que nunca lhe pertenceu ele tem ódio. 
     Possivelmente o maior ódio que alguém pode sentir: é o ódio do amor. Um ódio que nasce de um vazio deixado por um amor que se é nescessário, mas que se esvai rápido deixando uma grande ferida aberta. Seus músculos se contraem e sua voz aumenta ainda mais. Mesmo assim, os ruídos não param de batalhar com ele. Então, por um estranho extinto, junta suas mãos na frente do seu corpo e as aperta. Ele para de gritar. Os ruídos baixam. Ele não sabe o que está fazendo. Ele não sabe o que está acontecendo.
     Ele ouve um "Me desculpe", de uma voz familiar. Uma voz que há muito, já lhe disse belas palavras de amor e conforto. Era ela! Sua visão volta ao normal a tempo de ele conseguir vê-la, dando seu último suspiro que sai com dificuldade pela garganta, que suas mãos precionavam com tanto ódio. Ele a solta, no desespero de tentar salvar a vida que tirara, cegamente.
     Ela está em seus braços. Ela o amava, o queria. Ele também. Mas ambos queriam uma coisa em comum:enxergar um ao outro.
    
    

28 de mai. de 2011

A Dor Do Amor

     Perguntava se estava tudo bem à amiga que fazia uma cara de dor e com a mão no peito.Ela respondia: "Esta tudo bem: Mas eu ainda estou com falta daquele homem que veio como um ladrão, que de repenteveio em uma noite e furtou de meu peito tudo que eu tenho. Agora, só tenho este vazio que arde como um incêndio em mim." A amiga vê a dor nítida nela. Era uma dor que pareciatão intensa que quem olhasse para ela podia ser contagiado pela expressão de dor.
     A amiga pergunta quem era e para onde foi. Quem ela era tinha um milhão de afirmativas sem certeza total. Mas para onde foi era a mais anonima pergunta. Logo surgia: "como se conheceram". E aparecia o desabafo de uma festa em que aparecia um homem diferente e anormal. Um homem, que ela tinha certeza, que aparecia um homem diferente e anormal. Um homem, que ela tinha certeza, que tinha na ponta da lingua a cura da imensa dor que sentia. Mais adiante vinha: "o que você quer com ele"? E corria tristemente a palavra "esquecer" seguida de uma golada de forte tristeza.
     A amiga se despede da dona da dor, que parte um pouco mais aliviada do vazio que tinha no peito. Ela vai para casa e ao chegar em seu quarto, o silencio e a solidão aumentam a dor que como chibatadas em brasas castigam a menina que fica aos prantos queimando o peito no quarto.
     O telefone toca. Sem pensar duas vezes enchuga as lágrimas atende. Era o rapaz que a deixava assim. Mas também o único que pode curá-lo. Ela pensa em desligar, pois o havia evitado há muito tempo, muitas vezes, chegando ao ponto de mudar-se para esquecê-lo! E além de tudo, vigiava o telefone para ter certeza que não era ele. Mas estranhamente, ao ouvir a voz dele, a dor que a um segundo atrás a torturava imensamente, agora simplesmente, de uma hora para a outra, desaparece. Então ela o ouvi atentamente.
     Ele está tímido e fala coisas cretinas para no final querer encontrá-la no cinema. Ela está tão aliviada pela dor ter parado que cegamente aceita o convite. Quando desliga o telefone e para, por um instante, percebe que havia aceito. Mas também, nota que a dor havia parado completamente. Só restara daquela conversa a ansiedade e um gosto de alegria nos lábios. Então, ela passa o resto da tarde se aprontando para reencontrar seu coração. Para encher seu peito. Para tranquilizar sua dor para sempre.
     É chegada a hora do encontro. Ela está pronta, mas não quer sair de casa. Está indecisa e com medo. Medo que ele a abandone de novo. Medo da dor voltar, medo de não conseguir esquecer.
     Ela fica em casa pronta para sair, mas prefere se encontrar com o romântico Jornal Nacional. Ela se distrai e começa a lembrar de antigos encontros. Lembrou de como os dois estavam apaixonados. Então pensou que, ja que ele havia convidado, talvez, ele também estivesse sofrendo e a quizesse de volta!
     De súbito ela levanta e vai ao cinema o mais rápido possível. O filme combinado já havia começado e ele não estava do lado de fora. Resolver, ainda cheio de esperança, entrar para a sessão e procurar por ele. Ela entra na sala de cinema e, por muito tempo, vasculha com os olhos o rosto de cada um tentando encontra-lo.
     Nada. Ele não estava la. A dor voltara do nada com o dobro da força.
Ela se senta pela dor na primeira fileira. Seu peito vai destruindo-a lentamente. O vazio já parece afetar todo o corpo. Ela não aguenta mais. Aquela dor... aquele vazio... aquela falta de amor que a matava e torturava lentamente. Ela suspira. E faz isto pela última vez morrendo dolorosamente pela falta de amor.

Inspirado em: Palavras de Amor( Nelson Coelho)



12 de mai. de 2011

A maior arma

     Na sociedade atual, o conhecimento é a maior arma. Em guerras, na economia, no teatro, na vida... A era digital chegou e estamos evoluindo a uma velocidade monstruosa!
     Contudo, os seres humanos fazem as máquinas evoluírem. Estamos evoluindo cada vez mais, desde o princípio, pela nossa capacidade de transmitir o conhecimento e de armazená-lo em nossas mentes.
     Imagine quanta coisa teria sido perdida  se não fosse pela escrita; imagine como deve ser difícil evoluir sem ler e escrever! Sem o conhecimento da leitura e da escrita, a vida evolutiva do ser humano, intelectualmente, seria limitada.
     Portanto, o sucesso evolutivo do ser humano depende, crucialmente, do seu desenvolvimento literário. Não podemos desperdiçar nossa criatividade, nossa capacidade, nosso potencial. É de suma importância que saibamos transmitir e interpretar o legado que nos foi deixado.




15 de abr. de 2011

Virgem e Peixes

     O astrólogo italiano Giuseppe Giovani Silvino, 42 anos, do signo de Peixes teve, a vida toda, intensas aventuras amorosas. Belas mulheres se encantavam facilmente pelo seu conhecimento sobre as estrelas.
     Até que um dia se apaixonou pela pessoa que mudaria sua vida. Sirlene Ávila da Rocha, 30 anos, signo de Virgem, não foi diferente das outras garotas. Uma constelação aqui e outra ali, e os dois se apaixonaram. Se ao menos Giuseppe tivesse dado ouvidos aos astros... Afinal, eles dizem claramente: nativos de peixe e de virgem não se dão bem no amor.
     Com o tempo de namoro os astros foram mostrando sua precisão com os fatos que preveem. Sirlene e Giuseppe não param de brigar. Dia após dia um novo dilema e conflito. Foi então que os astros se cansaram de serem esnobados e resolveram que os dois não poderiam ficar juntos.
     Então, um dia Giuseppe foi à casa de Sirlene. Eles estavam discutindo ferozmente e ambos estavam irritados demais. Foi aí feita a última cartada dos astros: Giuseppe sacou um revolver e matou a sua namorada! Ouvindo o barulho, o amigo e o irmão de Sirlene correram para o quarto. Quando entraram, Giuseppe atirou contra os dois. O amigo e o irmão foram ao chão. Este com um tiro na perna e aquele morto.
     Voltando a si, Giuseppe percebeu a atrocidade que fizera. Sentindo-se um monstro, louco e tirano, sentiu repulsa de si mesmo. Ergueu a arma na altura da orelha direita e puchou o gatilho.
     Satisfeitos estavam os atros, que de camarote cumpriram a sua missão, prometendo que nenhum outro mortal esnobaria suas previsões.
(baseado em uma história real)